segunda-feira, 18 de maio de 2009

Life has died.

Nunca fui de me vingar. Ainda não sou e acredito que nunca serei. Existem tantas coisas míseras e fúteis que me irritam, mas eu procuro sempre relevá-las na medida do possível. Às vezes até do impossível - e ainda assim o faço. Se há, neste mundo, algo que eu suporto miseravelmente, é ciúme. Eu o omito, confesso. Omito-o o máximo que posso, sempre que posso. E para ser sincero, não pretendo mudar com relação a isso, mas sim, com relação à importância que dou para o cujo dito. Perguntei-me hoje, assim que acordei, as razões pelas quais me importava tanto com algo tão irrelevante frente à minha vida, aos meus conceitos. E de fato, por que me importo tanto? Por quê? Eu não preciso disso. O que eu preciso é parar e é o que farei. Não seria tudo mais fácil se eu conseguisse não me importar com absolutamente nada? Tudo seria tão mais simples e objetivo. Certamente me serviria como terapia. Afinal, até a minha irmã, a qual considerava realmente eterna, eu já perdi. Eu tinha de honrar o nome do meu próprio Blog, certo? Frisem-no:

Life has died.

domingo, 10 de maio de 2009

Lembro-me como se fosse ontem.

Todas as noites, agora, parecem-me incrivelmente longas e insones. Por vezes, pensei sentí-lo respirando, enquanto dormia calma e pesadamente ao meu lado. Tudo me parece tão próximo, mas ao mesmo tempo tão distante. Na tentativa incessante de cair no sono, surge sempre um indizível silêncio que não vem de fora, mas de dentro, de uma fonte que rumoreja, misteriosa. Sinto-me encaixotado em um infinito silêncio e em um escuro invisível no meu peito. Por vezes, os relógios pronunciam alto um número na treva, e a noite é negra e morta, mas eu entendo com plenitude o sentido dessa escuridão interminável e vazia. Comecei a refletir sobre como eu poderia me refugiar e me poupar do sensacionalismo. Recordei-me, então, de todos os caminhos que conduziam à morte. Pensei em todas as possibilidades de me destruir, mas não foi o suficiente. Preciso de morfina. Tomaria esse veneno doce-amargo se ele me garantisse um adormecer suave. Não tê-lo preso em meus pensamentos, poder descansar, repousar no infinito, não mais sentir os golpes nostálgicos no coração. A ideia de adormecer suavemente me atrai, posso sentir o gosto amargo em meus lábios, juntamente à noite macia, leve e serena. Fi-lo. Não obtive sucesso. Tentativa inútil. Aquele mesmo pensamento estabelecido insiste em me rondear de forma incessante. Não há remédio que cure, não há pensamento que se preze a dividir lugar com o dito cujo. É sempre a mesma coisa: Apago a luz, vou para a cama solitária, e por conta do frio, cubro-me, afago-me por entre os cobertores, mas fico deitado insone até o amanhecer.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

My only one.

Trata-se de uma oposição de ideias. Existe a parcela que me considera praticamente um retrato de altruísmo, assim como existe a parcela que me considera um retrato de egoísmo. Não posso concordar nem discordar de nenhuma das duas características, mas devo assumir que eu de fato não me preocupo com quase nada dentro do quesito pessoas. Quase nada, enfatizando. Poderia generalizar, mas ele existe. Ele, que deixa o meu mundo totalmente virado, da melhor e da pior maneira possível. Ele, que embora não realize esforço algum, faz-me sorrir só em vê-lo sorrir. A minha preocupação é irreal diante dos outros. A minha preocupação concreta só existe com ele. Dói-me pensar em martírios que ele esteja sofrendo, dói-me enxergá-lo em meio a tantas falhas e não poder concertá-las impecavelmente. Eu tenho um sonho, o qual já compartilhei com ele diversas vezes. Ele sabe desse sonho, ele sabe da minha vontade dominante, da minha ânsia intensa. Ele sabe de tudo, conhece cada pedaço do meu interior. Poderia gastar não só dias como meses descrevendo-o. Mas não, não acho que seria suficiente para suprir. Meu primeiro texto tinha de ser dedicado a ele, necessariamente.

The hardest part is letting go of the nights we shared. Compared to your eyes, nothing shines quite as bright. And when we look to the sky, it’s not mine, but I want it so. Because these words are never easier for me to say, but I guess that I can live without you. Without you, I'll be miserable at best. You're all I hoped I'd find in every single way. And everything I could give is everything you couldn't take. ‘Cause nothing feels like home, you're a thousand miles away, and the hardest part of living is just taking breaths to stay. Because I know I'm good for something I just haven't found it yet, but I need it. And this will be the first time in a week that I'll talk to you and I can't speak.


I got the point that I should leave you alone, but we both know that I'm not that strong. I miss the lips that made me fly.